domingo, 25 de julho de 2010

Zé Povinho Tupinambá


Massa nega ser número 2 e diz que iniciativa foi dele


Brasileiro diz que foi profissional e não teme ser tachado

LANCEPRESS!




Duas horas após o Grande Prêmio da Alemanha, e evidentemente depois de se reunir com a direção da Ferrari, Felipe Massa conversou com os jornalistas brasileiros presentes a Hockenheim. Ele fez questão de exaltar que não é piloto número 2 na Ferrari, e disse que partiu dele a iniciativa de ceder a primeira posição a Fernando Alonso. Por fim, reafirmou que trabalhou para a Ferrari.



Abaixo, a íntegra da conversa entre Massa e os jornalistas brasileiros.



Você acha que foi justo o que aconteceu?

Felipe Massa: O que aconteceu?



Você não ganhar a prova e o Alonso te passar...

FM: Não foi justo por que?



Você é quem pode dizer...

FM: Acho que foi justo, sem dúvida, para a equipe. A gente teve uma corrida boa, em que eu pulei na frente, fiz uma excelente largada e consegui um ritmo bom com pneu mole. Depois, quando eu coloquei o pneu duro, sofri muito, como já havia acontecido em outras corridas, com o ritmo do carro e é lógico que tomei a decisão para o melhor da equipe. É lógico que não é a primeira vez que isso acontece e com certeza para a equipe os pontos valerão bastante. Não posso falar que estou feliz da vida, porque, para mim, a felicidade é a vitória. Não corro aqui para chegar em segundo. Corro aqui para vencer, então é pensar para frente e na vitória.



Foi uma decisão sua deixar o Alonso passar?

FM: Foi, senão ele não teria me passado.



Você fala que sofreu com os pneus duros e quando você saiu dos boxes, ele estava colado. Mas depois você abriu 3s5, então essa coisa do pneu parece que não cola...

FM: Se não colasse eu teria aberto dele. Não foi o caso, ele estava chegando, chegando e estava perto de mim o tempo todo...



Você teve um resultado bom para a equipe, mas que, pela reação inicial no Brasil, foi muito ruim para você, as pessoas perderam um pouco do respeito por você. Acha que pode se arrepender dessa decisão?

FM: Acho que já provei muito na minha vida o quão profissional eu sou e quão certo eu sou. A gente teve ocasiões até em momentos em que estou lutando pelo campeonato, o que aconteceu em 2008, no Brasil, que aconteceu em outros lugares. Eu não deixei de ser profissional, sempre fui. É lógico que tem um país que acredita em mim, mas eu não estou numa situação do campeonato ótima, então não mudei nada. Apenas fiz o trabalho profissional que eu tenho certeza de que a maioria iria fazer no meu lugar.



Na segunda metade do campeonato, nós vamos assistir a você trabalhando para o Alonso, já que a Ferrari tem um carro competitivo para lutar por vitórias. Você só vai poder ganhar quando houver um carro entre você e o Alonso?

FM: Não sei, a cada corrida vamos ver o que acontece nos treinos e na classificação.



Você teme ficar marcado como Rubens Barrichello como segundo piloto?

FM: Como eu já disse, segundo piloto eu não sou. Sei que tenho condição de ser primeiro, de vencer, até por isso que estou aqui. É isso o que eu penso. Lógico que para você ser primeiro tem que brigar pelo campeonato, e não é isso que está acontecendo. Então a gente tem um pensamento interno, como todos que trabalham numa empresa, espero que entendam o que estou dizendo.



Estamos escutando vozes conflitantes entre um piloto de corrida e um profissional. Então hoje, um piloto da Fórmula 1 vale mais ser um profissional do que um piloto de corrida?

FM: Acho que vale os dois.


É uma situação muito difícil a que você está passando. Você está representando uma empresa, mas quando você sobe ao pódio tem uma bandeira atrás. Você não teme de um esportista que luta por um país, com a torcida de tanta gente, se perca?

FM: O que eu penso é que em 2007 eu ajudei meu companheiro (Kimi Raikkonen) a ser campeão do mundo e em 2008 ele me ajudou. Infelizmente não foi possível o título por outros motivos, então trabalhei para a equipe. Em 2008 eles trabalharam para mim. Os pontos são o que mais conta nesse momento. Minha decisão veio exatamente pensando nisso.
 
Mais uma vez foi degradada a história do Brasil na Fórmula 1, com um novo discípulo do protótipo Zé Povinho.
Aí, novamente se falará de braço, personalidade, etc... Mas é fato que no lugar dele Senna jogaria o sujo espanhol na grama, e Piquet provavelmente além de jogar o cara pra fora da pista, ainda arremessaria algum objeto contra ele, e diria que a sua mina é flácida. 

2 comentários:

Cesar Gards (Twitter: @cesargards) disse...

Quem diria Totti que os pilotos brasileiros ficariam cagões...que saudades do Piquet!!!

Dick Vigarista disse...

Até eu tô envergonhado.