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"No dia 06 de Março de 1958, uma quinta-feira, em uma partida válida pela terceira rodada do Torneio Rio-São Paulo, Santos e Palmeiras se enfrentaram no Estádio do Pacaembu. A partida não valia taça nem classificação. Porém, ele aconteceu meses antes da Copa do Mundo da Suécia, e certamente, muitos daqueles jogadores, estavam ainda lutando para garantir a convocação final.
O jogo começou com o Palmeiras fazendo a festa. Com um gol do ponta-esquerda Urias aos 18 minutos de jogo, o Verdão abriu os marcadores. Pelé empatou aos 21 e Pagão virou aos 25, com Nardo empatando 1 minuto depois. Em seguida, três gols do Santos - Dorval aos 32, Pepe aos 38 e Pagão aos 46 minutos estabeleceram 5 x 2, que fecharia o primeiro tempo do certame.
O jogo parecia ganho para o Santos. Zito chegou a dizer: 'Eu cheguei no vestiário dizendo: "Cinco vira, dez acaba". Vamos detonar o Palmeiras hoje'.
Segundo Mazola, 'no intervalo do jogo, quando chegamos ao vestiário, o nosso goleiro Edgard, começou a chorar e não queria mais entrar em campo, e então o nosso técnico Brandão, tirou ele e colocou o goleiro reserva Vitor'.
Na volta do intervalo, após Osvaldo Brandão exigir que seus jogadores tivessem vergonha na cara, um motivado Verdão empatou a partida em 34 minutos. Paulinho, de pênalti, aos 16; Mazzola, aos 20 e aos 28, e Urias, aos 34. Um 6 a 5 que parecia sacramentar uma reação impossível.
O narrador Edson Leite, gritou ao microfone de sua emissora, após o sexto gol do palmeiras: 'Milagre no Pacaembu. Estamos testemunhando o maior espetáculo que já vi no futebol'.
Pepe voltou a empatar aos 38, de cabeça, e, aos 43, consolidou a última virada da partida.
Pepe voltou a empatar aos 38, de cabeça, e, aos 43, consolidou a última virada da partida.
Um jogo de 13 gols que para sempre deixaria saudade. Para o cineasta Aníbal Massaini, 'esta partida é tida como a mais emocionante da história. Faleceram cinco pessoas por causa dela, três delas com registro, sendo uma dentro do Pacaembu'."
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