Do blog do Rica Perrone...
Eu gosto de discutir futebol. Adoro as polêmicas do dia a dia, por mais idiotas que elas sejam, e são mesmo. Pode jogador ir pra balada? Aí vem meia turma dizer que “não”, outra meia turma dizer que “sim”.
Rapidamente cai no argumento “Romário”. O cara saia e jogava muito. Outros dirão que faz mal a saúde, Romário saia mas não bebia, entre outros. E assim vai, até as 4 da manha.
Essa discussão, normalmente feita num boteco, é direito seu. Você trabalha até as 18h e não é problema da empresa o que você faz após este horário, menos ainda dos acionistas dela.
Imagine você, fã da Empresa X, ir na casa do diretor dessa empresa reclamar porque não deu lucro mes passado? Não dá né… Ficaria meio imbecil.
Tão imbecil quanto um torcedor que vai a um bar ver onde está e o que bebeu um jogador na sua folga. E pior: Após um 4×0 convincente.
“Ah mas isso prejudica”…. parou! Problema dele. Problema do médico do clube. Do preparador físico. Não seu.
“Ah mas eu pago ingresso e…”…. E nada! O ingresso te dá direito de vaiar o profissional em cena, ou seja, no campo. Fora dele é tão cidadão quanto você e não deve seguir as SUAS regras, mas sim as do clube. E nelas existe concentração pra isso. Pra evitar a “balada” em dias que elas serão prejudiciais.
“Ah porque jogador tem que cuidar do corpo porque…”. Porque coisa nenhuma. Você não viu a conta, não ficou contando quantas cada um tomou, não sabe se ele bebe sempre, se está comemorando uma gravidez, uma promoção ou seja lá o que for. Num bar, na rua, o jogador não é patrimônio do clube.
Ele deve responder SIM pela imagem. Até por receber pra isso. Mas a sua imagem não está sendo arranhada porque ele parou num bar na sua FOLGA pra beber.
Torcedor que vai atrás desses caras é torcedor profissional ou, no bom portugues, vagabundo.
Não existe “o meu time é minha vida”. Pois se é, o problema é com você, não com o jogador que bebe a noite.
Não tem essa de “eu que vou lá tomar chuva e sofrer”, porque se você vai é porque quer ir. E em momento algum você ofereceu uma troca pros jogadores onde você toma chuva e ele faz o que você acha que ele deve fazer.
Torcedor que vai as 3 da tarde em treino encher o saco é “torcedor profissional”. E pra viver recebe de alguém alguma coisa. Logo, interprete você mesmo o que eles estão fazendo lá e como pagaram o almoço.
Se alguém tem que ser discutido e condenado são os “machões” que foram cobrar do Fred e do Rafael Moura onde e quando não deveriam.
Estes, que naturalmente conseguem ir a bares da zona sul buscar craque bebendo, não sobem o morro pra ir buscar jogador com amizades mais “complicadas”, digamos.
Porque além de tudo são, como quase todos, “machos” de ocasião. E em bando, sempre.
Sozinhos, sabemos, falam “desliga voce” pra namorada todo dia e dá boa noite com voz de criança.
O termo “pessoa pública” é absurdo e cada vez mais comum.
Público é orelhão, calçada, banco de praça. Pessoas não são públicas.
O clube não é de organizada. E estas pessoas sequer representam o bom torcedor comum, aquele que vê futebol porque gosta, não porque vive disso.
E não. Não pode ir cobrar jogador na folga deles.
Isso não é problema seu, a não ser que você seja o chefe dele.
Não é o caso,
2 comentários:
Ótimo texto. Tá na cara que o aconteceu com o FRED foi inveja; os caras que o perseguiram QUERIAM ESTAR TOMANDO UM GORÓ COM UMAS MINAS mas não podiam... ai já viu, né? É só o Fred bancar o próximo churrasco na quadra da torcida que volta tudo ao normal.
Assino embaixo de cada linha. Tá na hora de iniciar uma campanha contra a desigualdade intelectual, pois o que tem de nego burro torrando a porra do saco alheio, não está no Guinness.
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