Nesta semana, a Uefa, entidade que controla o futebol europeu, divulgou um relatório sobre a saúde financeira dos clubes do continente. E a situação é periclitante.
O relatório devassou as contas de praticamente todas as ligas nacionais europeias e seus principais clubes no ano de 2010.
A conclusão: embora as receitas das agremiações tenham aumentado em 6,6%, o déficit deles aumentou em 36% em relação a 2009, chegando a 1,6 bilhão de euros (mais de 3,5 bilhões de reais).
Mais que isso: de todas as ligas, apenas duas fecharam no azul naquele ano: a Ligue 1, da França, e a Bundesliga, da Alemanha.
Entre os gigantes do continente (aqueles que movimentam anualmente mais de 50 milhões de euros), 75% tiveram prejuizo em 2010. O relatório aponta também que 29% dos clubes da Europa reportaram grandes perdas, na média de 12 euros perdidos para cada 10 euros investido. 65% dos clubes da Europa que disputaram a edição da Liga dos Campeões, principal competição de clubes do planeta, anunciaram prejuizos.
A gastança desenfreada dos clubes na Europa é uma das maiores preocupações do presidente da Uefa, o ex-jogador francês Michel Platini. Ele já lançou uma campanha intitulada Far Play Financeiro, a qual prevê a partir de 2013 uma série de medidas punitivas para os clubes que gastam mais do que arrecadam — entre outras está a exclusão da Liga dos Campeões. Só que os clubes ainda não se mostram tão interessados em tirar o pé do acelerador nessa gastança.
Se as medidas para o Fair Play financeiro no futebol europeu já estivessem em vigor neste momento, a maioria dos clubes da Europa não conseguiriam cumprir as exigências.
"Nós [a Uefa] seremos a agência de risco dos clubes e ligas", afirmou Platini, após a divulgação do relatório. As agências de risco são as instituições que constantemente avaliam a situação econômica dos países, que tem sido um verdadeiro terror na Europa nos últimos quatro anos.
A questão primordial desse relatório é a seguinte: os clubes estão gastando muito mais do que o recomendável, pagando para jogadores preços exorbitantes, inflacionados cada vez mais por magnatas do Oriente Médio e Rússia que se apossam dos clubes.
Ou a situação muda, ou veremos uma quebradeira generalizada no futebol europeu até o fim desta década. Com riscos de respingar no futebol brasileiro.
Por Fernando Vives
Parabéns Laor por segurar o Neymar!
Dirigentes dos clubes brasileiros desencanem do COMPLEXO DE VIRA LATA...
Mirem o exemplo do VÔLEI...
Invoquemos o Doutor Sócrates:
"Precisamos vender o espetáculo, não o artista!"
Um comentário:
Bem feito, "tem que falir tudinho essas porra" sou mais acompanhar o Juventus na Série A-3.
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