terça-feira, 24 de novembro de 2009

TRIcolor Celeste


Livro sobre quatro dos estrangeiros que jogaram no São Paulo foi lançado na última quinta-feira
SPFC - 23/11/2009


Autor do livro "Tricolor Celeste", lançado na última quinta-feira, Luis Augusto Simon contou um pouco aos são-paulinos do porquê ter escolhido esse tema para escrever o livro. A importância dos uruguaios para o clube e também o carinho que os torcedores têm por esses raçudos jogadores foram imprescindíveis para que os tricolores ganhassem mais uma ótima obra literária sobre a história do clube.

Por que fazer um livro sobre uruguaios?

A princípio, porque eu sempre fui fã deles, eram meus ídolos. Pelo jeito que eles jogaram pelo São Paulo, por sempre quando se contrata um uruguaio os são-paulinos torcerem para dar certo... Foi o mesmo motivo. Quando o Pedro Rocha e o Forlán chegaram, o São Paulo estava há 13 anos sem título, e eles ajudaram o clube a acabar com esse tabu. O Dario jogava muito, nem tem o que explicar, além do Lugano, que tem um estilo único. Em reconhecimento ao que eles fizeram pelo time, surgiu esse livro.

Qual foi a história mais curiosa que encontrou nas pesquisas?

A história que mais achei engraçada é a do "Barro". Em 1954 o Uruguai estava disputando o Mundial na Suíça. Eles falam que o jogo estava 2 a 2 contra a Hungria, o melhor time do mundo naquela época, e o uruguaio Schiaffino conseguiu escapar no ataque e chutou a bola. Mas ela bateu no barro e não foi gol por causa disso. O Forlán tinha nove anos, e na cidade dele, Mercedes, ele escutou isso e falou que sofreu muito com aquele lance. Vinte anos depois, ele foi fazer uma amistoso na Suíça e fez um gol no mesmo gol que o barro tinha impedido a vitória do Uruguai tantos anos antes. Ele disse que foi o maior gol da vida dele, a vingança de um menino que esperou tanto tempo pra isso.

Como foi a recepção dos são-paulinos no lançamento?

Foi muito legal. teve gente mandando e-mail pra agradecer, que não conhecia os uruguaios tão a fundo. Foram alguns uruguaios que moram aqui no Brasil, levaram fotos com Pedro Rocha. Acho que esse lado dos uruguaios com o São Paulo mexe com muita gente. Fiquei muito feliz também porque o Dario Pereira foi ao lançamento, ficou muito contente, deu muitos autógrafos.

Foi muito trabalhoso fazer o livro? Quanto tempo demorou para coletar as informações?

Foi trabalhoso, eu pesquisei muito em alguns jornais, Diário Popular, Revista Placar. Fui para o Uruguai, falei com o pai do Lugano, com a irmã do Dario. Demorei dez meses pra fechar o livo, mas valeu a pena, fiquei bem contente com o resultado.

Sinopse

Diego Lugano, o zagueiro do presidente que virou zagueiro do povo. Dario Pereyra, o dono da área nos anos 80. Pablo Forlán, o lateral que nunca desistia. E Pedro Rocha, é claro, um dos maiores jogadores da história do Uruguai, o único a participar de quatro Copas do Mundo.

Todos uruguaios. Todos ídolos do São Paulo. São os personagens do livro Tricolor Celeste. Através dos perfis de jogadores tão vencedores, é possível conhecer muito da história do São Paulo, desde os anos 70, quando a torcida, menor que a dos rivais, lamentava a ausência de títulos até 2005, quando já como a terceira maior do país, vibrava com mais uma conquista mundial.

O livro não fala apenas dos jogadores no São Paulo. Volta ao Uruguai, onde iniciaram a carreira e mostra histórias emocionantes. O leitor vai saber do sofrimento de Lugano em conseguir um lugar no Nacional. E descobrir quem o ensinou a arregalar os olhos daquela maneira assustadora. Para os atacantes adversários, é lógico. Uma dica. Quem o ensinou jura ter tanta força na cabeça que, com uma cabeçada só, mandava a bola de sua área até a do adversário.

Por que Dario Pereyra comia apenas a gema do ovo? E como apresentou a música de Julio Iglesias para Estevam Soares? Quem é Hohberg, o primeiro ídolo de Pedro Rocha? E o que o garoto Pedrito, então com 8 anos, prometeu ao ver o seu país ganhar a Copa de 1950 no Maracanã?

E Pablo Forlán? Para os mais novos, pode ser apenas o pai de Diego Forlán, o artilheiro do Atlético de Madrid, mas para os são-paulinos mais velhos é aquele lateral raçudo que, em seu desembarque, prometeu amar o São Paulo sobre todas as coisas. E a odiar o Palmeiras na mesma intensidade.

"Tricolor Celeste é um livro que fiz com todo o coração e amor pelo São Paulo. Fui até Montevidéu fazer entrevistas e tenho certeza de que todos os torcedores aproveitarão muito com a sua leitura", diz Luís Augusto Simon, autor do livro, jornalista de 56 anos e com 24 de profissão.

O preço será em torno de R$ 25. O preço de um ingresso no Morumbi, que Dario, Diego, Pedro e Pablo sempre souberam honrar.

fonre: www.spfc.com.br

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